sábado, 5 de maio de 2012

A vista do hostel / The hostel's view

Passada uma semana em Estocolmo, deixo a cidade para trás, com bons e maus momentos. Dormi em dois hosteis, em 4 quartos e conheci inúmeras pessoas:
uma sueca bem gira (como são quase todas) que me ajudou quando percebi ter sido burlado;
um bicha venezuelano que trabalha no hostel onde passei mais noites e me ajudou muito a perceber como funciona Estocolmo;
uma mãe e filha argentinas muito queridas, que estavam sempre juntas e a filha (Carolina) cantarolava enquanto ouvia música nos fones;
uma colombiana que também trabalhava no hostel;
um brasileiro que viveu muitos anos na Flórida e parecia uma personagem do Tekken. Sempre com um ar intimidador (também vigiava o hostel à noite em troca de dormida);
uns italianos de Modena que adoravam a Ferrari (é de lá);
um chileno que trabalhava numa loja lindíssima com peças decorativas exóticas;
os marroquinos;
um peruano que foi, talvez, a pessoa mais picuinhas que conheci. Cada residente, na casa que estava a alugar, tinha de ter a própria louça e dizia ser obrigatório usar a protecção de plástico no microndas;
uma iraniana que tinha um canito como aqueles dos pais do Simão. Disse-me também que "comer" uma sueca num club seria fácil e que duvida que os suecos saibam o significado de amizade;
e por fim, no último dia do hostel,
dois croatas com quem me identifiquei logo. Um cromo da geografia que sabia melhor que eu as ex-colónias portuguesas e coleccionava países visitados. E o Boris, um tipo bué bem disposto, que gostava de produzir música mas não sabia tocar nenhum instrumento;
um indiano que vive no Canadá, fartou-se da informática e foi viajar (... eu sei);
uma madrilena que era de artes e fazia-me muito lembrar a Marie (chama-se Isis);
e o Jani, um filandês muito viajado, adepto de couchsurfing, mas muito na sua. Colocava uns rebuçados de nicotina nas gengivas por 15 minutos e não estava a desistir de fumar. Estava a "fumar" sem estragar os pulmões.
Ainda não fumei aqui e só bebi uma cerveja que sabia a remédio que os italianos não queriam. E não tenho sentido a falta.
Foi uma semana cheia. Agora vou para uma quinta em Enkoping, onde as coisas devem assentar. Vou poder voltar a Estocolmo nos fins de semana.

Foi muito importante a força que senti daí.

Beijinhos!

Ao deixar o hostel / Leaving the hostel

After a week in Stockholm, I leave the city behind, with good and bad times. I slept in two Hostels, in four rooms and met countless people:
a Swedish good looking (as almost all are) who helped me when I realized I was defrauded;
a Venezuelan fag who works at the hostel where I spent more nights and helped me to know how Stockholm works;
an Argentine mother and daughter very sweet, that were always together. The daughter (Carolina) was usually singing while listening to music on her headphones;
a Colombian girl who also works at the hostel;
a Brazilian who lived many years in Florida and looked like a character from Tekken. Always with an intimidating expression (also watched the hostel at night in exchange for sleeping);
a few Italians from Modena who worship Ferrari (it's from Modena);
a Chilean who works in a shop with beautiful exotic decorative pieces;
the Moroccans;
a Peruvian who was perhaps the most picky person I knew. Each resident in the house, that he was renting, had to have their own dishes and kitchen stuff, and it was mandatory to use the plastic protection in the microwave;
an Iranian who had a little dog as those of Simão's parents. She told me that to get a Swedish girl in a club would be easy and she doubted that the Swedes know the meaning of friendship;
and finally, the in last day of the hostel,
two Croats with whom I identified immediately. A geography geek that knew better than me the Portuguese ex-colonies and collects visited countries. And Boris, a very good mood guy that likes to produce music but can't play any instrument;
an Indian who lives in Canada, that had enough of computing and started to travel (... I know);
a Madrid girl, who studied arts and she really looked like Marie (called Isis);
and Jani, a well-traveled Finn, fan of couchsurfing, but much on his own. He put candy nicotine in his gum for 15 minutes and he wasn't giving up smoking. He was "smoking" without damaging the lungs.
I still did not smoke here and only drank beer which tasted like medicine that the Italians didn't want. And I'm not missing it.
It was a full week. Now I go to a farm in Enkoping, where things should settle. I can return to Stockholm on weekends.

It was very important, the strength I felt from there.

Kisses!


3 comentários:

  1. Marta Rodrigues ( Mana)6 de maio de 2012 às 02:40

    Mano fico feliz por estares a aproveitar cada momento e te sentires mais feliz :) ainda agora a festa começou :P mas cuidado com essas malucas!!! MUAHAHAHAH

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  2. Olá Carlitos, estive a ver o teu blog e a ler as tuas primeiras aventuras, fico contente por estares bem e a apreciar o momento e cada uma das pessoas que vais conhecendo, para mim isso sim é o melhor das viagens. Ficar em lugares onde encontras pessoas de variadas nacionalidades e ouvir um pouco de cada história das suas vidas...
    Vai continuando a actualizar o teu dia a dia, para nós de certa maneira irmos vivendo através de ti essa tua aventura.
    Beijinhos...

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  3. Hei Carlitos,
    Admiro a tua coragem nesta aventura!
    Acredito que por vezes sejam precisos nervos de aço e não ter ninguem perto para partilhar sentimentos não será tarefa facil. É isso mesmo que torna esta experiencia tão rica, de coisas normais e previsiveis estamos todos um bocadinho fartos!
    Como costumo dizer ... nos momentos maus retira a lição que eles te deram!

    e agora vai la actualizar o blog
    (faz a barba sacana!! pareces eu eheh)

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